Estamos vivendo uma época de grandes mudanças, ou melhor dizendo, estamos vivendo uma mudança de Época: Transformações intensas e profundas sem precedentes na História da Humanidade comparável apenas, talvez, com a imensa transformação que foi o Período que marca o fim da Idade Média e o início da Renascença.
E um tema novo que emergiu desde o início dos anos 70 é a questão da ecologia e da sustentabilidade. Isto quer dizer especificamente: quão impactante é a nossa presença física no planeta? Quanto se destrói de florestas, quanto se gasta de água e quanto se mata de animais para que nós humanos sigamos vivendo?
Os ambientalistas foram os primeiros a se preocupar com o tema: qualidade do ar, cuidado com a água, preservação da flora e fauna.
A sociedade moderna, após tsunamis, tornados, terremotos, temperaturas extremas, enchentes, falta de chuva, efeito estufa, e tufões, viu-se confrontada pela intrincada questão da produção do lixo, e da alimentação ecologicamente correta ou incorreta.
E o tema passa inevitavelmente por uma estatística surpreendente e indigesta: Fábricas e carros destroem menos a Natureza e a camada de ozônio que a alimentação carnívora!!
Sim, para cada quilo de carne vermelha consumida, gastam-se 100 vezes mais água do que o mesmo quilo em cereais. A destruição de florestas com o objetivo de formarem pastos para a criação bovina, é responsável por devastação ainda maior que as devastações efetuadas por madeireiras .
O consumo de carne é o mais forte responsável pela aceleração do efeito estufa. A despeito de dados muito mal divulgados pela mídia, é o resultado que estudos e pesquisas vem comprovando.
A preocupação hoje é: do que comemos, quanto é altamente destrutivo para a Natureza? E o lixo que produzimos? O Planeta Terra pede socorro.
O Espiritismo, no entanto, mesmo antes desse tempo de preocupação com o consumo agressivo da carne, na década de 40 (antes da simpática ação dos ambientalistas) já propagava a sustentabilidade do planeta, numa ação ecológica que quase ninguém entendeu à época: o vegetarianismo.
Assim encontramos em diversos livros espíritas de médiuns consagrados, Chico Xavier, João Nunes Maia, Hercílio Maes, etc. E espíritos de escol: André Luiz, Miramês, Ramatís, etc explicações precisas sobre a excelência da alimentação vegetariana.
Assim como o Hinduísmo de Mahatma Gandhi e o Budismo do carismático Dalai Lama, religiões adeptas do ecologicamente correto e da sustentabilidade, o Espiritismo também sempre apresentou o postulado de uma alimentação não-carnívora, não violenta e ecologicamente correta.
Dentre as muitas obras espíritas que tratam do assunto, sugerimos a princípio, o estudo de qualquer uma das obras de Ramatis, sobretudo Elucidações do Além e Fisiologia da Alma(ambas pela psicografia do médium Ercílio Maes). Esta última trata fortemente da questão do vegetarianismo em vários tópicos.
Também o livro Missionários da luz de Emmanuel/Chico Xavier. Pág. 41,24ª Ed.FEB.
Convém observar com olhos de ver, o quão fortemente já fomos instruídos sobre a violência da alimentação carnívora, e há quanto tempo o assunto é trazido a nós encarnados pelos espíritos de escol. Os alertas são claros, precisos e contínuos, contudo, não nos violentam o livre arbítrio. Vale a pena um estudo sob esse enfoque quanto à mudança do hábito alimentar. Ainda que tenhamos uma sensação que mais do que estudar, o que precisamos mesmo, é pôr em prática, afinal de contas, “a lição sabemos de cor, só nos resta aprender”*.
*Sol de Primavera, Beto Guedes
Denilson Sant’Ana