Programação

Evangelho Aberto ao Público:

Quartas-feiras: 20:00 hs - T.E (Tratamento Espiritual) mediante entrevista.

Quintas-feiras: 15:00 hs

Evangelização Infantil: Sábados: 14:00 hs

Escola de Aprendizes do Evangelho: Quintas-feiras: às 20:00 hs

Endereço: Av.Presidente Castelo Branco,1425 - Jardim Zaira - Mauá - SP CEP:09321-375
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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Ensinos de Chico Xavier II


 
Em 1977 Chico Xavier fizera aniversário de 50 anos de serviço mediúnico. Sempre muito procurado, por conta das comemorações  de meio século de atividades foi mais assediado ainda pela mídia, o que era natural, afinal era um marco.
   A esse tempo, gente de todo o Brasil e do exterior se deslocava àquela região de Minas para encontro com o mais famoso médium do mundo. Anônimos e ilustres o buscavam. Chico já havia sido pesquisado por diversos institutos científicos nacionais e internacionais. 
  Analisaram-se fenômenos raríssimos como a xenografia( escrever em idioma que o médium ignorava) e , o que mais impressionou aos pesquisadores: o fenômeno da escrita invertida: são mensagens escrita ao inverso, da direita para a esquerda, legível apenas no espelho!
  Nessas 5 décadas as responsabilidades de Chico aumentaram muito. Para atender a todos, multiplicou-se. 
  Nas sessões públicas, em uma única noite, chegava a psicografar 700 receitas (!) homeopáticas ditadas pelo espírito doutor Bezerra de Menezes.
  Nesse ano de 1977, diante de um quadro de tantos trabalhos de entrega e amor, tão assediado pela imprensa e população em geral, recebeu Chico a seguinte pergunta de um jornalista:

 - Após este meio século de trabalho incessante, que é que você mais deseja e pede a Deus?

O que mais impressiona é a concisão e  a simplicidade da resposta: nada de desejos pessoais a serem atendidos, nem descanso; a resposta de verdadeiro apóstolo do Senhor Jesus  foi:

  - Se Jesus permitir, trabalhar na mediunidade, tal como desde 1927 aos dias atuais, até a extinção das forças de meu atual corpo físico.

O Centro Espírita em Tempos de Transição III

BOM DIRIGENTE,  MAU DIRIGENTE E AÇÃO DAS TREVAS

  O Reino das árvores  precisava de um Rei para governar sobre elas. Formaram então um Conselho deliberativo para escolher quem poderia desenvolver tão importante  função.
  E lá foi o Conselho escolher um  rei para o reino das árvores. Primeiro perguntaram à Oliveira:
  - Oliveira, você poderia se tornar rei sobre nós?
 Ao passo que a Oliveira respondeu:
  -Sim, gostaria muito de desenvolver tão importante função, mas quem iria cuidar das azeitonas para que delas os homens extraíssem o azeite tão útil para a humanidade?
  Ante a negativa, segue o grupo de árvores em busca de um outro rei e perguntam à Figueira:
  - Figueira, você poderia ser rei sobre o reinado das árvores?
  Ao passo que a Figueira respondeu:
  - Sim, gostaria muito de desenvolver tão alta função, mas quem cuidaria dos figos para que deles as mulheres fizessem o agradável doce tão disputado, sobretudo pelas crianças?
  Mais uma vez o Conselho de árvores prossegue em sua empreitada.  Foram procurar a Videira e lhe perguntaram:
  - Videira, você gostaria de ser rei sobre nós?
  Ao passo que a Videira respondeu:
  - Gostaria muito mas quem cuidaria das uvas que dão suco e vinho e alegram a todos, homens e mulheres?
  Mais uma vez as árvores não lograram seu objetivo. Sentiam-se cansadas  diante de mais uma negação. Foi quando viram ali um espinheiro que respondeu e disse:
 - Sim , eu posso ser rei sobre o reinado das árvores, e todos poderão descansar sob minha sombra e, então , incendiarei os cedros do Líbano.

Texto adaptado por Denilson Sant'Ana; de Juízes; cap. 9; vers:7 a 15 


  O texto acima, retirado de uma tradução adaptada do texto bíblico de "Juízes", nos traz uma reflexão dura e importante a respeito da direção de atividades em centro espírita nestes tempos de mudança.
  Certamente que nas casas espíritas esses títulos: dirigente, secretário, presidente... e o que mais houver, ao contrário de  uma empresa privada ou repartição pública, não se referem a cargos  mas a funções, atividades, tão somente.
   Muito embora alguns dirigentes e presidentes, a despeito de toda mensagem a respeito da humildade que a espiritualidade nos envia, pode vir a sentir-se um rei no altar da espiritualidade  reinando em seu mundo de vaidade e  ilusão! - Esses são os espinheiros!  
   A parábola das árvores vem nos ensinar que tantas vezes o membro da fraternidade espírita é mesmo alguém que produz frutos segundo a sua espécie: azeitonas uns, figo outros, e uvas outros mais; isto é, cada um é útil em sua atividade dentro da casa religiosa e fora dela.
  Os frutos são literalmente os frutos de nossas ações  na profissão, no lar junto à família, como cidadão que transita por lugares públicos, etc. A vida em si, é um campo para a prática da Caridade ativa,para a prática da ação consciente. E Jesus nos ensinou: se o fruto é bom, a árvore é boa.
   Quantas vezes, porém, alguém  com esse perfil, ao ser convidado para dirigir uma atividade na casa espírita alega estar muito ocupado com as atividades do dia a dia e que sente-se honrado com o convite, mas não poderia assumir mais um compromisso, afinal tem a mãe para cuidar, ou os filhos, um cônjuge intransigente, o curso de pós-graduação, o mestrado, a hora extra, as azeitonas, azeites, figo, uvas,etc. etc.

  Os motivos racionais são verídicos. Muito se fala em dar a outra face em discursos, mas quantos caminham a segunda milha na prática? Este é o caminho menos percorrido.
  Já pude me deparar na experiência religiosa (graças a Deus isso foi uma pequeníssima minoria) com presidente de casa espírita ou dirigente de alguma atividade, muito parecido com um ditadorzinho  latino-americano bem caracterizado.
  Pela recusa elegante e sincera de quem pudesse realmente desenvolver a atividade com moderação e equilíbrio, corre-se o risco  de após tantas tentativas(videira, figueira,oliveira) entregar atividade de tão suma importância para alguém que promete sombra(espinheira não dá sombra, pois seus galhos secos e bons para a fogueira não tem folhas nem frutos, mas servem para ferir), mas que em verdade podem acender fogo nos cedros do Líbano; isto é: uma atividade mal  dirigida, mal desenvolvida (tanto dentro da religião, como no trabalho particular) pode  pôr a perder toda a tarefa, incendiar  é insuflar as más influências, falatórios, desconfianças, abrir brechas para a a entrada de forças cujo objetivo é impedir o fluxo livre da Luz Superior.
  A direção de uma atividade pode ser um grande desafio, e alguns perdem ao cair diante de sua síndrome do pequeno poder.
  A ação das Trevas não desdenhará a possibilidade de se infiltrar através de personalidades vacilantes e fracas. Mas quem então teria coragem de se candidatar a essas funções , diante disso tudo?
  Por isso é fundamental a amizade entre os tarefeiros. Amizade Espiritual que se traduza em confiança, honestidade, simplicidade e, como diria Francisco de Assis, sem se esquecer da Divina Alegria.

  O servidor digno é aquele que cuida com atenção dos seus afazeres pessoais na profissão e na família. Contraditório um médico pneumatologista que fuma, um psiquiatra ou psicólogo com traços psicóticos de caráter; de forma idêntica  é contraditório  um dirigente de centro espírita que causa infortúnio em seu próprio lar e é odiado pelos seus. Um tesoureiro da casa de amor  que apresenta-se em bancarrota crônica em suas próprias finanças. Um dirigente de estudos  que não lê!
  E acima de tudo é necessário cultivar a inteligência emocional  de se relacionar bem, a humildade,e a sinceridade no ato de servir e não o de comandar.
  Nestes tempos de transição é importante atentarmos para experiências já vividas para  não termos de revivê-las  outra vez da mesma forma.
 Para encerrar um ciclo de aprendizado é necessário tê-lo aprendido de forma suficiente para seguirmos em frente, abrindo um outro leque de experiências, melhores, mais altas.
  Que todo dirigente, secretário e presidente de atividades nas instituições espíritas sejam sempre pródigos e ocupados como as figueiras, as oliveiras e as parreiras, e que ainda assim saibam percorrer a segunda milha como ensinada por Jesus.  
  Que saibamos não cair em armadilhas em que  funções importantes sejam desenvolvidas pelos espinheiros que sempre estarão à espreita para oferecer sua sombra seca e a destruição dos cedros do Lìbano.  

  Para encerrarmos essa reflexão, um pouco forte, quiçá, destacaremos um texto escrito por Emmanuel no livro Vinha de Luz, pelo médium Francisco Cândido Xavier:  lição 111, Sublime Recomendação


                        (...)

(...) o Mestre trabalha sem cessar.
  O problema do aprendiz do Cristo não é o de conquistar feriados celestes, mas de atender aos serviços ativos , a que foi convocado, em qualquer lugar, situação, idade e tempo.
  Se recebeste a Luz do Senhor, meu amigo, vai servir ao Mestre junto dos teus, dos que se prendem à tua caminhada. Se não possuis a família direta, possuis a indireta. Se não contas parentela, tens vizinhos e companheiros. Anuncias os benefícios do Salvador, exibindo a própria cura. Quem demonstra a renovação de si mesmo, em Cristo, habilita-se a cooperar  na renovação espiritual dos outros. Quanto ao bem-estar próprio, serás chamado a ele, no momento oportuno.


Pesquisa e texto por Denilson Sant'Ana  

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Desapego

A cobrança é um problema realmente aflitivo,à maneira de nuvem, eclipsando a beleza e o brilho do serviço cristão.É imperioso anotar, porém, que não somente o dinheiro vem a ser o objeto disputado nos processos de retribuição na lavoura do espírito.

Há quem exija dos outros variadas formas de pagamento, reclamando pesados impostos de reconhecimento, de apreço afetivo, de considerações sociais...

Apregoa-se, então, a caridade, como quem abraça um negócio qualquer, em que a velha filosofia do “dou para que me dês” constitui a mola viva de toda e qualquer manifestação.

Contudo, ao sol do Evangelho, se efetivamente nos propomos alcançar a comunhão com Jesus,o desinteresse pessoal deve representar o selo de nossa boa vontade e a garantia de nossa fé.

Não importa que os outros te menoscabem as ações, com evidente desrespeito ao teu modo de atuar ou de ser.

Vale o amor com que te empenhas ao dever retamente cumprido, de vez que todas as possibilidades da vida pertencem originariamente a Deus.

A criatura que ao bem se consagra, sem a preocupação de avocar para si a autoria dos pensamentos enobrecidos e das obras edificantes, recebe do Alto infinita capacidade de estender esse mesmo bem.

Recorda que o charco de hoje, se ajudado, pode ser amanhã o campo bendito para a colheita farta e não te esqueças de que o fruto, agora verde, se respeitado, pode ser depois, o reconforto de tua mesa.

Jesus não estabeleceu qualquer mercado para a distribuição dos dons divinos.

Afeiçoemo-nos, pois, a Ele que tudo deu de si sem pensar em si, confiando-se à suprema renúncia, a benefício de todos, e, longe das prisões forjadas pelos tributos terrestres, nossas almas ascenderão, em vôos sempre mais altos e sempre mais livres, no rumo certo da gloriosa imortalidade.



Emmanuel


Fonte: Livro Intervalos - Francisco Cândido Xavier

domingo, 16 de dezembro de 2012

O Amor Divino



Cada instante é um liame entre você e Deus.
Inclua o mundo inteiro em seu amor e seja um cidadão do cosmos.
Veja no efeito visível, os sinais da causa invisível - O Espírito.
Se mantiver seus olhos abertos com sabedoria e tranquilidade verá a grande beleza desse mundo.
O infinito opera em tudo, todos os movimentos da vida são de Deus.
Através do silêncio, brota um rio de bem-aventurança que flui perpetuamente pela alma.
A vida desdobra sua beleza e riqueza, segundo o desvelar ou o expandir da consciência.
A paz nos foi dada, para que possamos encontrar a paz que é eterna.
Sempre que quiser produzir algo busque diretamente a fonte interna infinita de bem-aventurança.
Distribua a fragrância do amor e amizade divina a todos que encontrar.
Em cada átomo do espaço você verá cintilar a luz e o riso de Deus.
Não existem caminhos difíceis para aqueles que vivem mergulhados no espírito.
Una o sentimento que esta no coração e a razão que está na mente num equilíbrio perfeito.
Ganhe a dianteira pelo seu jardim da vida, em seu caminho para o infinito.
Faça-se imaculado ao espelho espiritual da sua alma.
O amor e a amizade divina perfumam a vida e a alma.
Permita que ao longo do dia o silêncio tome conta de você e relaxe nele.
Quem já alcançou a real percepção de Deus já não vê mais diferenças.
Deus se manifesta em cada ser, em cada oração em cada instante da existência.
Confie absolutamente na sabedoria divina, descanse seu coração em Deus.


Paramahansa Yogananda

sábado, 15 de dezembro de 2012

Jesus é um Sol...


 
É a seiva da Árvore da Vida!
É a Pura Luz do Senhor!
O Amor que Nutre...
A Presença Inesgotável de Alegria e Bem Aventurança...
Sou Eu, És Tu em Essência...
Cristo Misericordioso...
O Calor, A Brisa, O Mar, O Céu, A Água Pura, O Fruto, O Prana. Vem Oh Grande Espírito, Mestre do Amor, te esperamos no Natal perene de nossa alma sedenta por Libertação!

Vegetarianismo - Ramatís

Pergunta: - Consta-nos que muitos vultos importantes da História foram vegetarianos, o que quer dizer que esta alimentação não é preferida apenas por aqueles que são mais sugestionáveis a tal doutrina; não é assim?



Ramatís: - Sem dúvida, devem ter sido vários os motivos pelos quais se fez a preferência vegetariana neste ou naquele sábio, cientista ou apenas líder espiritual. E o certo é que almas de escol hão preferido o vegetal sobre a carne; assim o fizeram Gandhi, Cícero, Sêneca, Platão, Pitágoras, Apolônio de Thyana, Bernardo Shaw, Epicuro, Helena Blavatski, Anne Besant, Bernardin de Saint-Pierre, santos como Santo Agostinho, São Basílio, o Grande, São Francisco Xavier, São Bento, São Domingos, Sta. Teresa de Jesus, São Afonso de Liguori, Inácio de Loyola, São Francisco de Assis, Buda, Krishna, Jesus, assim como os membros das ordens religiosas dos Trapistas, os teosofistas, iogues e inúmeros adeptos das seitas japonesas, que se alimentam de arroz, mel e soja. Seria extensa a lista daquelas que já compreendam que o homem continuará em desarmonia com as leis avançadas do psiquismo enquanto fizer do seu estômago um cemitério de vísceras conseguidas com a morte do infeliz animal!


Fonte: Livro - Fisiologia da Alma / Ramatís - Hercílio Maes

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Ciência e Espiritismo

 
Gostaria de compartilhar com os irmãos  alguns dados interessantes sobre o Espiritismo vindos de fontes não-espíritas.
Uma delas foi a publicação da revista  Época no dia 19 de novembro de 2012, que trouxe uma matéria intitulada  Os Avanços da Ciência da Alma.
A responsável pela matéria foi Denise Paraná, da Filadélfia, EUA.

A seguir alguns trechos da  matéria:

"Uma pesquisa inédita usa equipamentos de última geração para investigar o cérebro dos médiuns durante o transe. As conclusões surpreendem: ele funciona de modo diferente."
Em julho de 2008  na cidade de Filadélfia nos Estados Unidos, "dez médiuns brasileiros se colocariam à disposção de um grupo de cientistas(...)"
"Pela primeira vez, o cérebro dos médiuns foi investigado com os recursos modernos da neurociência."
"A produção de exames de neuroimagem(conhecidos como tomografia por emissão de pósitrons) com médiuns psicógrafos em transe  é uma experiência pioneira no mundo."

                                                                     (...)
"Os cientistas queriam investigar se  havia alterações específicas na atividade cerebral durante a psicografia.(...) Os dez médiuns, quatro homens e seis mulheres, participavam do experimento voluntariamente. Foram selecionados no Brasil por meio de uma longa triagem."
                                                                     (...)
"Uma das conclusões a que os cientistas chegaram (...) é que a mediunidade pode ser uma expressão da natureza humana. Essas conclusões, que ÉPOCA antecipa nesta edição, serão divulgadas na revista científica americana Plos One. O estudo Neuroimagem durante o estado de transe: uma contribuição ao estudo da dissociação terá acesso gratuito (...): dx.plos.org/10.1371/journal.pone.0049360 .

A revista dedicou ao assunto 7 páginas, por isso extraímos apenas alguns parágrafos.
A seguir sob o título  "O maior de todos os psicógrafos", um interessante texto sobre Chico Xavier. Destacamos alguns itens:

"Naquele verão, na Filadélfia, os dez médiuns produziram psicografias espelhadas - escritas de trás para a frente -, redigiram em línguas que não dominavam bem, descreveram corretamente ancestrais dos cientistas que os próprios pesquisadores diziam desconhecer, entre tantas outras histórias. (...)Todos nutriam enorme respeito por Chico Xavier, considerado o modelo de excelência da prática psicográfica."

"Mineiro de família pobre, fala mansa e sorriso tímido, Chico Xavier recebeu apenas o ensino básico. Isso não o impediu de publicar mais de 400 livros, alguns em 10 idiomas diferentes, cobrindo vários gêneros literários e amplas áreas do conhecimento."
"Ao final da vida, vendera cerca de 40 milhões de exemplares, cujos direitos autorais foram doados. Psicografou por sete décadas. Nenhum tipo de fraude foi comprovada.(...)O pesquisador Alexandre Caroli Rocha, doutor em teoria e história literária pela Universidade Estadual de Campinas(Unicamp), chegou a conclusões (...) que Chico fosse mesmo uma grande e sintonizada antena. Em seu mestrado, ele analisou o primeiro livro publicado pelo médium, Parnaso de Além-Túmulo, que trazia 259 poemas atribuídos  a 83 autores já mortos."
"Seu estudo considerou aspectos estilísticos, formais e interpretativos dos poemas e concluiu que a antologia não era um produto de imitação literária simples. Rocha descobriu, por exemplo, que Guerra Junqueiro(1850-1923), um dos autores mortos, assinava a continuação de um poema incabado em vida. Não havia indício de que Chico tivesse tido acesso ao poema antes de psicografar sua continuação." (...)

O pesquisador da Unicamp também concluiu sua tese de Doutorado sobre o mesmo livro de Chico Xavier, sempre com conclusões corroborando a autenticidade da impressionante mediunidade de Chico.

"Se eu pudesse recomeçar minha vida, deixaria de lado tudo o que fiz, para estudar a paranormalidade". "Essa confissão de Sigmund Freud a seu biógrafo oficial, Ernest Jones, marca um dos  capítulos pouco conhecidos da história do pensamento humano. Pouca gente sabe também que  muitas  das teorias reconhecidas hoje pela ciência sobre o inconsciente e a histeria baseiam-se em trabalhos de pesquisadores que se dedicaram ao estudo da mediunidade. Talvez menos gente saiba que Marie Curie, a primeira cientista a ganhar dois prêmios Nobel, e seu marido, Pierre Curie,  também Nobel, dedicaram espaço em suas atribuladas agendas ao estudo de médiuns. No Instituto de Metapsíquica em Paris, no início do século passado, Madame Curie inquiriu com seus assombrados olhos azuis a médium de  efeitos físicos Eusapia Palladino. O casal Curie supôs que os segredos da radioatividade poderiam ser revelados por meio de uma fonte de energia espiritual."
"Outros cientistas laureados com o Nobel consagraram parte de sua vida buscando respostas para os mistérios da alma e a possibilidade de comunicação com os mortos. Pesquisas(...) como materializações de espíritos, movimentação de objetos à distância, levitação, etc., foram realizadas na passagem entre os séculos XIX e XX."
                                                           (...)
O final da matéria, após outras considerações , traz um pensamento de Albert Einstein: o homem que não tem os olhos abertos para o mistério passará pela vida sem ver nada.

Não Extingais o Espírito


 
"Não Extingais o Espírito."

Paulo de Tarso (1ª carta aos tessalonicenses, 5:19)


 Extinguir o espírito é perder o teor vital que  impulsiona a alma.
 
É  deixar esfriar o ânimo, a alegria. É perceber a atitude morna, o receio e a dúvida tomando conta do estilo de vida.
Não é tão raro (no meio religioso de qualquer denominação e, claro, também no meio espírita), encontrarmos irmãos que perderam o encanto do começo, quando tudo era novidade.
No início,  quando nos encontramos na religião,  os olhos brilham de indisfarçável alegria ; e o coração está pulsando  de entusiasmo!
As primeiras tarefas executadas na casa nos enchem de júbilo! A ajuda dos irmãos, o cuidado de todos com nossos primeiros passos em atividades várias(pois estamos inseguros, e estamos humildes, afinal, estamos começando e precisamos mesmo da orientação e do auxílio).
Como foi que se perdeu aquele sentimento de empolgante alegria? Quando  o brilho espiritual do olhar   deixou de se expressar? Em que momento a tarefa sagrada de ir ao Centro Espírita e encontrar-se com irmãos para orar e trabalhar por Cristo e para Cristo , foi tornando-se menos sagrada, menos divina? De que forma não percebemos que uma transmutação inferior transformou o divino privilégio do trabalho na Seara Crística  em compromisso no centro espírita de uma ou duas vezes na semana?

Paulo nos recomenda não extinguir o espírito, isto é, não  permitir  tornarmo-nos mecânicos em nossas atividades. Não devemos, os tarefeiros, permitir que o ritmo alucinante da vida e seus compromissos nos transforme em espiritualistas semelhantes a  funcionários de uma repartição que trabalham por obrigação, e não pelo prazer divino que deve nortear a busca de quem quer tornar-se um verdadeiro discípulo do Cristo.
Na vida e na casa espírita, o cristão que já sentiu o sabor das delícias espirituais, do êxtase que advém da oração e da meditação, a alegria superior que emana de relações de amizade  que, apesar de humana visa tornar-se amizade divina, esse cristão tem o desafio de não perder o dom empolgante de continuar na tarefa com alegria, fé sempre renovada e amor no ideal. E isso tudo não é pouca coisa, pois tudo na vida busca nos derrubar desse estado de emanação mais alta. E temos que nos ver confrontados pelo nosso desânimo, preguiça, melindres, desafios mil da vida profissonal , familiar e ainda das próprias relações humanas de interação na casa, pois muitas vezes mal entendidos ocorrem e conflitos se instalam.
Sabendo de tudo isso o médium de Jesus, Paulo de Tarso nos recomenda, estimulando: "não extigais o espírito!"

  Que esse espírito da divina alegria,  do divino entusiasmo,  seja a nossa bússula na orientação de nossas ações na casa espírita e na vida e, quando cairmos dessa comunhão com o mais alto, não nos acomodemos,  busquemos restabelecer a Divina União .
O importante é não permitir que o desânimo se instale de vez. Quando a terrível doença do desânimo  se instala, corrói como câncer e, insupeitadamente, vivemos uma sub-vida porque começamos a achar que é normal viver assim, sem alegria, sem ânimo, sem amizade divina, sem emanação espiritual superior. Podemos nos acostumar e nem nos damos  disso. Passamos a viver no umbral mesmo aqui na Terra enquanto encarnados.
Os católicos chamam de purgatório um lugar de sofrimento que não é tão terrível quanto o inferno. Podemos afirmar que quem segue  sua  vida a pulso de obrigação e atos mecânicos , inclusive na oração, já está  vibratoriamente vivendo no purgatório. Está cozinhando-se lentamente em "banho-maria" e nem percebeu que, para um espiritualista, isso já é um inferno!

Antes que tudo isso venha acontecer que observemos com sagrada atenção nossas atividades , reconhecendo nelas um privilégio, e não nos descuremos da oração. Aprendamos a valorizar a amizade do irmão que serve ao nosso lado e com o mesmo propósito de nós mesmos. Possamos perceber quão abençoada é a chance de estarmos trabalhando na Vinha do Senhor.

Citando ainda  Paulo de Tarso ( Colossenses, 4:20 ) :

"Perseverai em oração, velando nela com ação de graças"

Orar e agradecer. Reconhecer que tudo na vida é caminho para caminharmos rumo à nossa redenção!
A existência física, nosso corpo, o trabalho , os amigos, tudo é motivo para velarmos com ação de graças ( com espírito de gratidão) para que o Espírito Sagrado da Boa Vontade, da Fé  e da Esperança jamais sejam diminuídos em nossa alma que aspira por Cristo.



Denilson Sant'Ana

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Agir de Acordo

"Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis e desobedientes, e reprovados para toda boa obra." - Paulo (Tito, 1:16.)

 
 
  O Espiritismo, em sua feição de Cristianismo redivivo, tem papel muito mais alto que o de semples campo para novas observações técnicas da ciência instável do mundo.
 
  A Terra, até agora, no que se refere ás organizações religiosas, tem vivido repleta dos que confessam a existência de Deus, negando-O, porém, através das obras individuais.
 
  O intercâmbio dos dois mundos, visível e invisível, de maneira direta objetiva esse reajustamento sentimental, para que a luz divina se manifeste nas relações comuns dos homens.
 
  Como conciliar o conhecimento de Deus com o menosprezo aos semelhantes?
 
  As antigas escolas religiosas, à força de se arregimentarem como agrupamentos políticos do mundo, sob o controle do sacerdócio, acabaram por estagnar os impulsos da fé, em exterioridades que aviltam as forças vivas do espírito.
 
  A doutrina consoladora da sobrevivência e da comunicação entre os habitantes da Terra e do Infinito, com bases profundas e amplas no Evangelho, floresce entre as criaturas com características de nova revelação, para que o homem seja, nas atividades vulgares, real afirmação do bem que nasce da fé viva.
 
Emmanuel
 
 
 Fonte: Caminho, Verdade e Vida - Francisco Cândido Xavier
 


terça-feira, 25 de setembro de 2012

A Fé Divina e a Fé Humana

 

A fé é o sentimento inato, no homem, da sua destinação. É a consciência das prodigiosas faculdades que traz em germe no íntimo, a princípio em estado latente, mas que ele deve fazer germinar e crescer, através da sua vontade ativa.
O magnetismo é uma das maiores provas do poder da fé, quando posta em ação. É pela fé que ele cura e produz esses fenômenos estranhos que, antigamente, foram qualificados de milagres.
Eu vos repito: a fé é humana e divina. Se todas as criaturas encarnadas estivessem suficientemente persuadidas da força que trazem consigo, e se quisessem por a sua vontade a serviço dessa força, seriam capazes de realizar o que até hoje chamais de prodígios, e que é simplesmente senão um desenvolvimento das faculdades humanas.
 
Um Espírito Protetor, Paris 1863 - O Evangelho Segundo o Espiritismo: A Fé humana e a divina

domingo, 23 de setembro de 2012

Na Senda Renovadora


 
Disse o Cristo: - Eu não vim destruir a Lei.

Também nós outros, os amigos desencarnados, não nos encontramos entre os homens para guerrear-lhes a fé.

Muita gente aceita a luz da Nova Revelação, conservando-a no vinagre da intemperança, como se a verdade fosse um raio fulminantivo para a ruína do mundo, e, usando a lente escura do pessimismo, desfaz-se, cada hora, entre a queixa e o azedume, identificando, em cada parte, males e nuvens, feridas e deserções.

Hoje, o Cristianismo Redivivo é o sol da alma, auxiliando-nos a ver e a servir.

Entre nós, o princípio religioso não se confina à profissão de fé, vazada na confissão labial pura e simples.

Além da palavra que exprime o pensamento, será igualmente ação que reflete a vida.

É por isso que toda a nossa predição deve começar em nós mesmos, através do estudo edificante que nos amplie o horizonte mental e através do serviço que nos propicie experiência.

Não vale situar a convicção nos conflitos estéries.

Muitas vezes, a ofensiva verbal, culta e brilhante, não passa de frases belas e contundentes, à maneira de granizos, chovendo na plantação promissora.

Se já acordaste para a luz do Evangelho redivivo, não olvides que o Céu te convida a entender e auxiliar.

Purifica o verbo nas fontes vivas do amor, que vertem do coração, para que a injustiça não te governe o roteiro.

Cristo insculpiu n'Ele próprio a luz da mensagem que trazia, rendendo-se ao amor e à humildade, ao trabalho e ao sacrifício.

Também nós, guardando a nossa fé sem qualquer violência para com os outros, busquemos estampá-la na luta de cada dia, conscientes de que o próximo receber-nos-á o apelo renovador pela renovação que brilhe entre nós mesmos.


 
Texto retirado do livro Confia e Segue - Esp. Emmanuel - Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Deus em Primeiro Lugar


Antes que, do tenebroso seio da Eternidade, nascesse o bebê céu como o azul, quem existia? O Senhor Deus. Com um pincel onipresente, foi Ele que espalhou o azul por todo o teto celestial. Quem foi que povoou o salão do espaço com a família de planetas? O próprio Deus. Nada pôde respirar sem seu primeiro sopro. É por isso que, em primeiro lugar sempre está Deus.
                Foi Ele que primeiro pediu a meu pai, a minha mãe e a meus amigos para que me amassem; portanto, primeiro, eu amo a Deus. Eu respiro depois que o alento Dele passou por mim; eu vibro depois que Ele fez fluir vida em mim; eu penso depois que Ele  me deu o poder de pensar; eu raciocino porque Ele colocou razão em mim; eu decido porque Ele me ensinou a usar minha livre escolha.
                Assim, os portais de meu coração, em primeiro lugar, se abrem para o Senhor. As minhas obrigações, eu as posso realizar somente depois que Ele me empresta os poderes de agir. Por isso, o meu dever abençoado é primeiro amar a Deus. O primeiro pensamento de manhã, o primeiro amor de meu coração, a primeira ambição de minha alma, o primeiro desejo de todos os meus desejos, o que primeiro atrai meus sentimentos, o esforço de vanguarda de minha razão e vontade é: Deus em primeiro lugar.


Paramahansa  Yogananda

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Prece

 

SENHOR,  que és o Céu e a Terra, que és a vida e a morte! O Sol és Tu e a Lua és Tu  e o Vento és Tu!

Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és Tu também.

Onde nada está Tu habitas e onde tudo está - o Teu Templo -  eis o Teu corpo.

Dá-me alma para Te servir e alma para Te amar. Dá-me vista para Te ver sempre no Céu e na Terra, ouvidos para ouvir-Te no Vento e no Mar, e mãos para trabalhar em Teu Nome.

Torna-me puro como a água e alto como o Céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas na lagoa dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar aos outros como irmãos e servir-Te como a um pai.

Minha vida seja digna da Tua presença. Meu corpo seja digno da Terra, Tua cama.

Minha alma possa aparecer diante de Ti como um filho que volta ao Lar.

Torna-me grande como o Sol, para que eu Te possa adorar em mim; e torna-me puro como a Lua, para que eu Te possa rezar em mim;  e torna-me claro como o dia para que eu Te possa ver sempre em mim e rezar-Te e adorar-Te.

Senhor, protege-me e ampara-me. Dá-me que eu me sinta Teu.

Senhor, livra-me de mim.



Fernando Pessoa

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Espiritismo: Uma Religião Ecológica

       Estamos vivendo uma época  de grandes mudanças, ou melhor dizendo, estamos vivendo uma mudança de Época: Transformações  intensas e profundas  sem precedentes na História da Humanidade  comparável apenas, talvez,  com a imensa transformação que foi o Período que marca o fim da Idade Média e  o início  da  Renascença.

      E um  tema novo que emergiu desde  o  início dos anos 70 é a questão da ecologia e da sustentabilidade. Isto quer  dizer especificamente:  quão impactante é a nossa presença física no planeta? Quanto se destrói de florestas, quanto se gasta de água e quanto se mata de animais para que nós humanos sigamos vivendo?
     
Os ambientalistas foram os primeiros a se preocupar com o tema: qualidade do ar, cuidado com a água, preservação  da flora e fauna.


A sociedade moderna, após tsunamis, tornados, terremotos, temperaturas extremas, enchentes, falta de chuva, efeito estufa, e tufões,  viu-se confrontada pela  intrincada questão da produção do lixo, e da alimentação   ecologicamente correta ou incorreta.
E o tema passa inevitavelmente por uma estatística surpreendente e indigesta: Fábricas e carros destroem menos a Natureza e a camada de ozônio   que a alimentação carnívora!!
Sim, para cada  quilo de carne vermelha consumida, gastam-se 100 vezes mais água do que o mesmo  quilo em cereais. A destruição de florestas com o objetivo de formarem  pastos para a criação bovina, é responsável por devastação ainda  maior que  as devastações  efetuadas por madeireiras .
 O consumo de carne é o mais forte responsável pela aceleração do efeito estufa. A despeito de dados muito mal divulgados pela mídia, é o resultado que estudos e pesquisas vem comprovando.
A preocupação hoje é: do que comemos, quanto é altamente destrutivo para a Natureza? E o lixo que produzimos? O Planeta Terra pede socorro.

O Espiritismo, no entanto, mesmo antes desse tempo de preocupação com o consumo agressivo da carne,  na década de 40 (antes da simpática ação dos ambientalistas) já propagava a sustentabilidade do planeta, numa ação ecológica que quase ninguém entendeu à época: o vegetarianismo.

Assim encontramos em diversos livros espíritas de médiuns consagrados, Chico Xavier, João Nunes Maia, Hercílio Maes, etc. E espíritos de escol: André Luiz, Miramês, Ramatís, etc  explicações precisas sobre a excelência da alimentação vegetariana.



          
Assim como o Hinduísmo de Mahatma Gandhi e o Budismo do carismático Dalai Lama, religiões adeptas do ecologicamente correto e da sustentabilidade, o Espiritismo também sempre apresentou o postulado de uma alimentação não-carnívora, não violenta  e ecologicamente correta.
Dentre as muitas obras espíritas que tratam do assunto, sugerimos a princípio, o estudo de qualquer uma das obras de Ramatis, sobretudo Elucidações do Além e Fisiologia da Alma(ambas pela psicografia do  médium Ercílio Maes). Esta última trata fortemente da questão do vegetarianismo em vários tópicos.
Também o livro Missionários da luz de Emmanuel/Chico Xavier. Pág. 41,24ª Ed.FEB.
Convém   observar com olhos de ver,  o quão fortemente já fomos instruídos  sobre a violência da alimentação carnívora, e há  quanto tempo  o assunto é trazido a nós encarnados pelos espíritos de escol. Os alertas são claros, precisos e contínuos, contudo, não nos violentam o livre arbítrio. Vale a pena um estudo sob esse enfoque quanto à mudança do hábito alimentar. Ainda que tenhamos uma sensação  que mais do que estudar, o que precisamos mesmo, é pôr em prática, afinal de contas, “a lição sabemos de cor, só nos resta aprender”*.

*Sol de Primavera, Beto Guedes

 Denilson Sant’Ana            

terça-feira, 8 de maio de 2012

Mundo Interno e Contágio Social

Na lição 154 do livro Fonte Viva, escrito  por Emmanuel através da mediunidade apostolar de Chico Xavier, a partir do texto de Paulo de Tarso em Rm: 14,7; escreve Emmanuel:


"A árvore que plantas produzirá não somente para a tua fome, mas para socorrer as necessidades de muitos."


"A luz  que acendes clareará o caminho não apenas para os teus pés, mas igualmente para os viajores que seguem ao teu lado."


"Assim como o fio d'água influencia a terra por onde passa, as tuas decisões inspiram as decisões alheias."


"Milhares de olhos observam-te os passos, milhares de ouvidos escutam-te a voz e milhares de corações recebem-te os estímulos para o bem ou para o mal."
                                                               (...)
"Queiramos ou não, é da Lei que nossa existência pertença às existências que nos rodeiam."
                                                               (...)
"Compreendendo semelhante realidade, observa o teu próprio caminho."
                                                               (...)
"E tudo aquilo que constitui tuas obras, através das intenções, das palavras e dos atos, representará influência de tua alma, auxiliando-te a libertação para a glória da luz ou agravando-te o cativeiro para o sofrimento nas sombras."
"Vigia, pois, o teu mundo íntimo e faze o bem que puderes(...)"




Certa vez em pleno campo de batalha na guerra do Vietnan, um grupo de monges budistas passaram em fila indiana, em silêncio e meditação no meio do fogo cruzado.


Aquela aparição surreal: seis monges e suas cabeças raspadas, túnicas na cor vermelho lamaico e amarelo ouro, reluzentes de silêncio e humildade, em plena tarde quente do continente asiático, promoveu um espasmo em ambos os lados do combate. E naquele dia houve total silêncio e os soldados simplesmente não puderam mais combater.
Posteriormente um soldado norte-americado disse que aquela visão dos monges, deixou a todos atônitos, e a todos perturbou de tal forma que não houve nenhum tipo de conversa aquele dia e nenhum ânimo para o combate. Do lado dos vietcongs certamente o mesmo, pois o dia foi de total silêncio a partir daquele fato.
Isso mostra o quanto o que ocorre no mundo interno do ser repercute no externo à sua volta.
Certamente  que esses monges desconhecidos para nós até hoje, eram versados em milhares de horas em silêncio e oração. E este estado de ânimo interno de apenas seis monges foi responsável pelo desânimo de combate de dezenas ou centenas de soldados durante todo o resto do dia!
Alguns minutos de caminhada silenciosa , devocional foi capaz de neutralizar a fúria combativa de dois batalhões de exércitos em combate, que depuseram suas armas!
Os pensamentos e os sentimentos tem cor, cheiro, forma, volume  e peso. E eles influenciam por onde quer que passem.
O que ocorre nos campos internos do ser , traduz-se nos campos externos.


Uma pessa harmônica e ajustada internamente, em seus campos mental , emocional e espiritual, mesmo sem dizer uma única palavra, influencia positivamente as pessoas ao seu redor e o ambiente em que está.
Da mesma forma, mas em sentido inverso, uma pessoa desarmônica, desajustada em seus campos mental , emocional e espiritual, ainda que não fale nada, influencia negativamente os outros e o ambiente.
Por isso se faz fundamental  vasculhar o mundo interno . Como Santo Agostinho  no item 919 de O Livro dos Espíritos explica: "O conhecimento de si mesmo é portanto a chave do melhoramento individual" , e como Kardec conclui em O Evangelho Segundo o Espiritismo: "O verdadeiro espírita é aquele busca hoje ser melhor que ontem e, amanhã, melhor que hoje". 
Através do conhecimento dos campos internos do nosso ser, e da busca por ir melhorando-nos, e harmonizando-nos, vamos executando a cirurgia moral que refletirá na verdadeira Caridade.
Cumpre alcançar patamares internos de Harmonia e Amor, como nos ensina Mahatma Gandhi em pensamento lapidar:

   "Um único homem que atinge a Plenitude do Amor neutraliza o ódio de milhões."


Texto complementar e pesquisa por Denilson Sant'Ana

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Encerrando Ciclos

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.



Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu...


Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.



Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.


Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.



Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.


Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. 

 
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és...

E lembra-te:

Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Pensamento do dia



O ritmo de universo é o Amor, seja em que instância for. Da bactéria ao anjo, a alma da vida é o Amor.
Compaixão, misericórdia, tolerância e solidariedade são expressões da Bondade Celeste. Juntas, constituem a força da atração para o progresso. Sem esse empuxo, como avançar? Nós, os cristãos em busca da luz da imortalidade, somos os lírios no pântano, a esperança de novos dias.

"Vos sois o sal da terra e a luz do mundo."

Somos depositários de excelsas expectativas. Jamais as cumpriremos sem infinitas doses de tolerância superior e arrimo espiritual.


Maria Modestro Cravo


Fonte: Livro / Lírios de Esperança: Ermance de la Jonchédere Dufaux - Médium: Wanderley de Oliveira.
Postado por: Érica Carvalho

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Projeto Essencial

Fraternidade e Mediunidade no Centro Espírita - Por Maria Modesto Cravo

"Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio ao vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!"

O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XX, item 5.



O exercício mediúnico atravessa um grave processo deflagrado há algumas décadas, que conduziu ao rompimento com a espontaneidade. A título de instituir cuidados que se fizeram necessários – fato que ninguém pode contestar – criaram-se normas e padrões muito rígidos. O exercício mediúnico precisa ser ressignificado.
Fica, porém, a pergunta: como investigar, com desejável utilidade, as questões relativas à mediunidade em grupo, se não existe convivência tecida na confiança e no amor? Que espécie de questionamentos e avaliações poderão ser levantadas onde existam discórdia e instabilidade nos relacionamentos?
Aprender a amar é nosso maior desafio!


A legítima obra do Cristo constitui-se de pessoas que aprenderam a se amar. Que nos valerá erguer paredes, escrever livros, distribuir gêneros, instituir pactos, se não aprendemos a perdoar, aceitar críticas, a gostar dos diferentes, a tecer relações com os antipáticos, a gostar de relacionar?
Os homens fundaram casas e mais casas. Poucos foram os que consolidaram grupos. Muito fácil reunir pessoas. Difícil é unir pessoas. Sem equipes fraternas e afetuosas, não teremos serviços criativos e ricos de entusiasmo e alegria. Sem isso, como avançar em direção ao espírito do Cristo? A mediunidade não deve ser analisada apenas como uma atividade da casa espírita. Em verdade, ela é a alma das tarefas espirituais. O termômetro pelo qual se podem aferir as lutas e valores de uma organização e seus integrantes. A relação entre homens e espíritos constitui o cerne da proposta espírita, isto é, a consolidação do sentimento de imortalidade no coração.
A obra de Jesus, em verdade, estabelece-se no reino íntimo do coração e projeta-se nos benefícios da convivência pacífica e educativa. Sem isso, existem apenas movimento e treino emocional para o futuro...


Fonte: Livro / Lírios de Esperança: Ermance de la Jonchédere Dufaux - Médium: Wanderley de Oliveira.
Postado por: Érica Carvalho